No dia
de hoje, dezessete de fevereiro, a minha querida sogra Raquel Maria se estivesse
entre nós encarnados estaria fazendo aniversário. A família com sua passagem para a verdadeira vida, a
espiritual uniu-se muito mais em respeito e memória a ela.
Pessoa
humilde e guerreira, mulher de fé e caridade.
Onde
estiver receba nossas orações em luz e que a senhora possa distribuir com todos
necessitados.
Para
conscientizarmos de que a verdadeira vida é a espiritual e para mostrar o que
levamos desta passagem pela Terra, prestemos atenção na mensagem abaixo.
9 –
O homem não possui como seu senão aquilo que pode levar deste mundo. O que ele
encontra ao chegar e o que
deixa ao partir, goza durante sua permanência na Terra; mas, desde que é
forçado a deixá-los, é claro que só tem o usufruto, e não a posse real. O que
é, então, que ele possui? Nada do que se destina ao uso do corpo, e tudo o que
se refere ao uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades
morais. Eis o que ele traz e leva consigo, o que ninguém tem o poder de
tirar-lhe, e o que ainda mais lhe servirá no outro mundo do que neste. Desde
depende estar mais rico ao
partir do que ao chegar neste mundo, porque a sua posição futura depende do que
ele houver adquirido no bem. Quando um homem parte para um país longínquo,
arruma a sua bagagem com objetos de uso nesse país e não se carrega de coisas
que lhe seriam inúteis. Fazei, pois, o mesmo, em relação à vida futura, aprovisionando-vos de tudo o que
nela vos poderá servir.
Ao
viajante que chega a uma estalagem, se ele pode pagar, é dado um bom
alojamento; ao que pode menos, é dado um pior; e ao que nada tem, é deixado ao
relento. Assim acontece com o homem, quando chega ao mundo dos Espíritos: sua
posição depende de suas posses, com a diferença de que não pode pagar em ouro.
Não se lhe perguntará: Quanto tínheis na Terra? Que posição ocupáveis? Éreis
príncipe ou operário? Mas lhe será perguntado: O que trazeis? Não será
computado o valor de seus bens, nem dos seus títulos, mas serão contadas as
suas virtudes, e nesse cálculo o operário talvez seja considerado mais rico do
que o príncipe. Em vão alegará o homem que, antes de partir, pagou em ouro a
sua entrada no céu, pois terá como resposta: as posições daqui não são
compradas, mas ganhas pela prática do bem; com o dinheiro podeis comprar terras, casas, palácios; mas aqui só
valem a qualidades do coração. Sois rico dessas qualidades? Então, sejas
bem-vindo, e teu é o primeiro lugar, onde todas as venturas vos esperam.
Sois pobre? Ide para o último, onde sereis tratado na
razão de vossas posses.
PASCAL
Genebra,
1860
E.S.E – Cap.
XVI, item 9
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