Conta o escritor Stephen Covey, em um de seus livros, um fato ocorrido
com ele, numa manhã de domingo, no metrô de Nova York.
As pessoas estavam calmamente lendo jornais, divagando, descansando com
os olhos semicerrados. Era uma cena calma e tranqüila.
Subitamente, um homem entrou no vagão do metrô com os filhos. As
crianças faziam algazarra e se comportavam mal. O clima mudou instantaneamente.
O homem sentou-se ao lado de Stephen e fechou os olhos, aparentemente
ignorando a situação.
As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam objetos e chegavam
a puxar os jornais dos passageiros, incomodando a todos.
Mesmo assim o pai não fazia nada.
Para Stephen era quase impossível evitar a irritação. Ele não conseguia
acreditar que ele pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos
incomodassem os outros daquele jeito, sem tomar uma atitude.
Dava para perceber facilmente que as demais pessoas também estavam
irritadas.
A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle,
Stephen virou-se para o homem e disse: Senhor, seus filhos estão perturbando
muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito neles?
O homem olhou para Stephen, como se estivesse tomando consciência da
situação naquele exato momento, e disse calmamente: Sim, creio que o senhor tem
razão. Acho que deveria fazer algo. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe
deles morreu há uma hora... Eu não sei o que pensar, e parece que eles também
não sabem como lidar com isso.
Nós podemos imaginar como Stephen se sentiu naquele momento...
Diante da resposta inesperada, ele passou a ver a situação de um modo
diferente. E como via diferente, pensava, sentia e agia de um jeito diferente.
* * *
Quantas vezes nós vemos, sentimos e agimos de maneira oposta à que
deveríamos, por não perceber a realidade que está por trás da cena.
No mundo conturbado em que vivemos, pensando quase exclusivamente em nós
próprios, muitas dores e gemidos ocultos passam despercebidos, e perdemos a
oportunidade de ajudar, de estender a mão.
Por isso, é importante que cultivemos em nós a sensibilidade para
perceber a dor oculta e amenizar a aridez da vida ao nosso redor.
Geralmente o que fazemos é condenar, sem a mínima análise da realidade
de quem está passando por árduas dificuldades.
No entanto, é tão bom quando alguém percebe nossas dores e sofrimentos
que não ousamos expressar...
É tão agradável quando alguém nota que estamos atravessando momentos
difíceis e nos oferece apoio...
É tão confortador encontrar alguém que leia em nossos olhos a tristeza
que levamos na alma dilacerada, e nos acene com palavras de otimismo e
esperança...
As pessoas têm maneiras diferentes de enfrentar o sofrimento. Umas se
desesperam, outras ficam apáticas, muitas se tornam agressivas, algumas
fogem...
Por tudo isso, não devemos julgar a situação pelas aparências, porque
podemos nos enganar.
No caso do metrô, após saber o que realmente estava acontecendo com
aquele pai e seus filhos, o coração de Stephen tomou-se de compaixão.
Sinto muito. Gostaria de falar sobre isso? Posso ajudar? - Essa foi a
atitude daquele que estava prestes a ter um ataque de nervos.
Seus sentimentos mudaram. E mudaram porque ele soube da verdade que se
escondia por trás da aparente indiferença de um pai que não sabia como lidar
com o próprio sofrimento...
Pensemos nisso!
agradecimento
COM ESTA MENSAGEM QUERO DIZER A TODOS QUE O NOSSO BLOG JÁ ULTRAPASSOU QUINZE
MIL VISITAS. MUITO OBRIGADO A TODOS E CONTINUAREMOS LEVANDO MENSAGENS DE
ESCLARECIMENTO, CONSOLO E OTIMISMO!
UM ABRAÇO A TODOS, LENILDO SOLANO/08/01/2014
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