Como é gostoso relembrar
o nosso tempo de guri
ao ler o livro Ikuiapá
na boca do Pari
Identificamos muito
com o menino branco do conto
vibramos com as árvores frutíferas
todas da região e de saboroso gosto
Navegamos em parte contente
do nascer ao desagua
do nosso judiado, desprezado
e lendário rio Cuiabá
Descemos da Serra Azul
passando por quatorze cidades
entre elas Nobres, Diamantino, Rosário
mas na boca do Pari ficamos admirado
Conhecemos no velho Ikuiapá
a serpente que conversa como gente
e com ela descemos o rio Cuiabá
conversando sobre as lendas e antigas enchentes
Mas o que nos deixou tristes
insatisfeitos com o povo e com as autoridades
é o desleixo com a poluição do rio e afluentes
que abastecem as cidades e dão vida a várias espécies
Continuamos nosso curioso percurso
passando por Santo Antônio, Barão de Melgaço
Porto Cercado até Porto Jofre
onde o nosso rio desagua no Paraguai
Lugar imenso e de energia potencial
podendo o homem, a natureza e o ser encantado
viverem como um só, lado a lado
Apavoramos com a secura e sujeira
das lagoas e baias que embelezavam
e dão sustento ao divino Pantanal
pedimos que sejam despoluídos rapidamente
senão perderemos este patrimônio da nossa gente
Somemos esforços firmes e sérios
ao lado da serpente inteligente, o ilustre minhocão
que sonha em ver a sua morada e toda bacia do rio Cuiabá
livres da
maldita e insana poluição.
- Inspirado na leitura do livro Ikuiapá na boca do
Pari.
Autores: Anna Maria Ribeiro Costa e Rosemar Eurico
Coenga
Ilustração: João Batista Conrado
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